quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Silver, the wild rabbit

Era uma vez um pássaro
não, na verdade era um coelhinho
sim, coelhinho
coelhinho da páscoa
viajando, saltitante e feliz pelos vales aos arredores de Balmora
uma pacata cidade mercante
cheia de orcs, guardas com ebony armor
e uns grupos misteriosos do clã Six House.
Em sua jornada, ele dá um tempo
pra falá com Kajjit, um cara bem descolado
que compra e vende de tudo
até a mãe ele compraria
se tivesse espaço pra guardá-la
Pois bem
o velho, mas não tão velho assim coelhinho
reabastece sua mochila com umas poções de invisibilidade
poções de cura e moon sugar
é, moon sugar, o coelho safado era um lazarento de um drogado
Continuando sua jornada à algum lugar ainda à ser inventado
ele continua sua rota em direção à Caldera
Pra quem ainda não sabe
Caldera é uma cidade ao norte de Balmora, também apelidade carinhosamente de Balmole
Voltando à história e à cidade
Caldera é um pró-pacato vilarejo que só serve pra robar itens de alquimista e pega dinheiro do Trader
então como não havia quase nada para se fazer por lá
o carismático coelhinho da páscoa segue sua "incrrrriiiiivel" aventura rumo ao seu próximo encontro
a cidade de Ald'ruhn, que é uma cidade bem chata
com um povo mal educado
que não deixa você usar o Silth Strider só porque você tem a Mark of Zenithar, que eu nem imagino o que seja
por lá ele só, como um bom coelho safadão, roubou uns itens do quarto de uma "Linda" Orc e seguiu seu rumo
Vendo que ele teria que saltitar muito até a próxima cidade ao norte
Ele encontra uma velha, ligeiramente feia, que o pede, quase que descendo a mão na cara do pobre peludo, que a levasse aos confins de Ghostgate, um tenebroso e vermelho mundo.
Lá, neste misterioso lugar, que é rodeador por um portão mágico gigantemente enorme de grande, ele descobre que adentrando o estabelecimento do perímetro, percebe que aquele não era um alegre lugar para um branquinho e fofinho coelhinho com carinha de dó.
Sabe aquela cara de dó do gatinho do Filme do Shrek?
Então. Não tem nada a ver com aquilo.
Na verdade ele tem aquela cara de esperança quando a carol arremeça uma bola no basquete.
Lá ele encontraria os mais perversos inimigos
e não estou falando de lobo mal e nem bixo papão
mas sim de zumbis, bixos verdes, grandes e que soltam kame-hame-há
então, o velho mas não burro coelho, mata a véia, rouba os itens dela e continua sua vida de mochileiro.
Consultando seu mapa de viagens doado pelos patrocinadores, ele segue ao extremo Leste, à misteriosa cidade chamada Volverine Hall.
Pobre coelho
Se iludiu com as popragandas espalhadas pelo caminho, entre outdoors e placas com lampadazinhas que indicavam o caminho, com dizeres:
'Volverine Hall. 4Km. A cidade do Volverine, venha e conheça a casa onde ele nasceu, os móveis feitos pelas garras dele e muito mais.'
Pobre coelho
iludido pela propaganda capitalista e exploradora, levou o pobre mau elemento aos confins da terra, sem ao menos saber o que o esperava.
Chegando ao dito cujo lugar, descobriu que tudo era uma farsa
e assim, seus olhos ficaram vermelhos [junção de moon sugar + bound TUDO 1000pts]
e matô tudo mundo sem dó nem piedade.
na base das unhadas mesmo, estraçalhando carnes e víceras, quebrando ossos e arrancando olhos com os dentes, agora pelo efeito da poção, dentes como os de um tigre dente-de-sabre
Sim, ele estava igual um Super Sayajin 3, só que mais peludo, e seu rabo ainda continuava um pom-pomzinho.
Enfim
Decepcionado com a falsa propaganda mas ao mesmo tempo feliz
pois extravasou, rodou a baiana e soltou sua raiva, ainda contida por uma decepção em Balmora
Sim, voltando na história onde ele ainda havia apenas chegado à aquela cidade mercante
o coelho se apaixonou por uma senhora, que não me recordo o nome agora
sua função dentre a metrópole era de Pawbroker
que diabos é isso eu não sei
mas era quase um blacksmith, ou para os leigos, uma ferreira que vendia armas, livros e tudo que podia, menos itens de magos e diabo a 4.
Pois bem, ele a amou
com todo seu coração
mas não foi correspondido, e ai se instalou um ódio
uma raiva nunca vista
dentro daquele até então invencível coelho de pêlo branco com manchas cinzas no pescoço e atrás das orelhas.
Tentando esquecer da tragédia e rindo à toda vendo o sangue jorrando da garganta dos ainda vivos
Don Coelho de Lá Mancha, carinhosamente assim chamado por sua prima coelha, chamada Zenithar
mas perai, vamos raciocinar por um momento
este não era o nome do tal Mark of Zenithar que não deixavam o pobre coelho ser feliz em Ald'ruhn?
Ora bolas, descobrimos a charada
a má fama da dita cuja rapariga coelha se alastrou por lugares nunca imaginados
Sim, ela era uma coelha bem 'dadinha', conhecida pelos becos como: "Rabinho Dourado".
E como ela era prima do coelho, a cidade ficou meio assim de tê-lo por perto, já que os maridos das esposas da cidade já eram cúmplices de algo "Dourado" da sua família.
Enfim, voltando ao coelho e seu mar de destruição em Volverine Hall
Sr coelho fica cansado
Sim, os coelhos também cansam e sentem fome
mas nessa história eu não vou ficar escrevendo quando e nem o que ele come
imaginem por si só
apenas dou a dica:
para um ser de Morrowind se alimentar, há duas alternativas: comer os restos de um animal abatido, sem que ele tenha sido morto através de veneno ou por doenças tendo a vantagem de se usar algum poder de fogo para que a comida já morra assada, e também roubar, o que no caso pode ser perigoso para um pobre animal peludo de 30cm de altura.
Ele parece grande?
sim, ELE É GRANDE, ainda mais para um coelho
o motivo? simples. seus pais fizeram um incesto quase que inesperado: uma junção de um nix hound + peixinho com nome estranho + um coelho da bismânia, resultou no nosso protagonista.
apesar dessa incomum cúpula, ele não é feio, apenas "grande", e bota grande nisso.
Ok Ok, voltando à aventura
nosso caro aventureiro decide enfim, depois de muito pensar, em encerrar sua jornada por este mundo "incrrriiiivel", onde tudo pode aconteceeeer
Pois estava cansado e, e, e, porque queria, caralho.
Decidiu então voltar para Neyda Neen, sua cidade natal
Mas viu que não tinha sobrado mais nada de dinheiro, pois antes de liquidar com a raça viva da cidade, ele tinha parado na Taverna e enchido a cara com poções de levitate, e ficou doidão, achando que estava vuando e vendo elefantes cor-de-rosa
na verdade ele estava vuando mesmo, mas eu acho que não eram elefantes mas sim uma vendedora gorda e ogra que vendia a cartela do Jogo-do-Bixo.
ela dizia mais ou menos assim:
"Olha o Nix, olha o Nix hound, só 3 gold, baratiinho. Olha o Skull, 2 skull por 4 gold, promoção do dia. De brinde vai um Wolf Helm pra usar no carnaval. Olha o(...)"
Duro, com fome, cansado, bêbado, com ímpeto assassino, desiludido amorosamente, cheio de sangue, com bolhas nas patinhas, ele decide ir embora de vez, só que a pé
Mas infelizmente a viagem é longa
e bota longa nisso
seu objetivo agora era cruzar o mapa, ou melhor o país, ou melhor aquele mundo quase que inteiro pra voltar pra sua casa, pra tomar seu leite quente com cookies.
Mas o inesperado aconteceu. oohhhhhhh
no meio do caminho, quase perto da favela de Suran, logo após o Orc solitário que tem a espada tesão
ele meio que despercebido do mundo ao redor, depois de uma viagem cansativa usando as Blind Boots, se depara com o mais temido e asqueroso animal existente no universo pseudo-infinito chamado de Morrowind.
Sim, é ele, Cliff Racer
o mais chato bixo que você poderá conhecer
ele nao mede esforços pra te encher o saco, pra ficar te travando enquanto você bate nele e quase 90% das vezes erra
mas o grande e herói coelho decide enfrentar este temível adversário, algo como um troféu pela sua "incrrriiivel" viagem que contará para seus netinhos.
Mas nosso heróis não esperava por um inimigo tão devastador
Na verdade, ele era fraco, mas você sabe
Cliff Racer no caminho, prepare-se para 2 horas de combate
Séculos de estudo ainda não desobriram quem é mais chato, Cliff Racer ou Gary
Até o grito é parecido
Devem ser primos
Mas ok, voltando à batalha
Sr coelho da pascoa luta incansavelmente com o temível Cliff
mas o terrível e óbvio fim acontece
Mr Rabbit of Easter, ou coelhão mesmo
não consegue ser capaz de vencer o terrível vilão e sucumbe aos poderes irritantes e extressantes dos gritos uivantes do Cliff Racer e perde a luta e a vida, consequentemente, não necessariamente na mesma ordem
É claro que seria impossível o pobre coelho ter saído vivo deste confronto
era apenas um mero coelho
branco
com manchas nas patas, no pescoço e umas atrás das orelhas
com uma bolça de couro beje, dado pela tia Jandira de natal
sem nenhuma armadura e apenas uma iron dagger enferrujada, pois esqueceu de levar anti-gripante na bolça
e assim jás Coelho da pascoa, nosso herói
caído aos joelhos do mal feitor [Cliff racer tem joelhos?]
ensanguentado, com as tripas e víceras sendo estraçalhadas
o braço esquerdo arrancado e sendo em tempo real feito um assado com batatas refogadas e cebolas em rodelas
típico prato de Cliff-lândia.
Trágico? Incrrriiiivel? Inesperado ou com um infeliz final?
Não se sabe ao certo
mas esta foi a história dele
o mais corajoso e guerreiro coelho que já foi visto
onde mesmo com todas as dificuldades
toda sua perseverança, toda sua força de vontade
que sempre teve em mente o objetivo de nunca desistir
que no final acabou ajudando em bosta nenhuma
porque ele virou papá de pseudo-gary "Morrowindêz"
se fodeu, morrêu, já eras baby
astalavista Babby rabbit
E assim foi contada, por mais de 2min durante gerações
a história dele
sim
Coelho da pascoa
O senhor de Seyda Neen
e porque não
De todo o Universo.

[como sempre, o Carlos manja =P]

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Solitude

Ela olhava para o lado e só via o infinito atraente do mar. Ecoando no sereno frio e sombrio, apenas o som abafado de ondas, degladiando-se sem piedade contra as rochas ali permanentes, imóveis à milênios como se fizessem parte daquele cenário somente logo depois que ela havia chegado à aquele local.
Eram 7:27 da noite de uma Quarta-Feira. Estava pensativa, sentada em um pedaço de pedra suja de terra. Mas ela não se importava, estava apenas olhando para o horizonte, esperando por algo depois do Pôr-do-Sol.
Esperava que algo a fizesse sorrir, que a fizesse esquecer de todas as coisas que a ocorreram aquele dia. Fazê-la esquecer, que com os olhos cheios de lágrimas, pegou o carro de sua mãe num desespero insensato, disparando-se para lugar qualquer, sem querer olhar para trás, sem querer relembrar os últimos minutos, sem querer ter forças para continuar respirando.
Seu nome era Judy. Nome dado por sua avó que nunca conheceu. Morreu antes mesmo dela ter nascido. Gostava de seu nome. Não sabia o porque, mas parecia que combinava com sua personalidade passiva, mas decidida.
Os pensamentos iam e vinham, num rebuliço sem tréguas, quase lhe causando náuseas, pois não havia comido nada aquele dia.
Foi um dia que ela não conseguia rotular. Era como se ela nunca esperasse que a fosse acontecer. Seu pai, sua mãe, a tia que ela adorava desde pequena. Porque todos, porque eles, ela se perguntava.
A noite caia à dentro. Judy já não queria mais pensar.
Estava tentando esvaziar a sua mente, mesmo que fosse tão difícil quanto imaginado. Queria que suas atitudes fossem tomadas por impulsos, coisa que ela sempre achou sem nexo, pois adorava ter o controle e a sensatez de sua ações. Mas ali já não importava mais. Nada lhe importava mais.
Era só ela, a noite que adentrava perante seu olhar concentrado no nada, e o barulho das ondas desaparecendo por dentre as pedras lá embaixo.
De repente, num estouro repentino, tomou-se de pé. Olhando fixamente acima da linha do peito, ela deu um passo à frente, tentando entender porque o fez.
Não conseguia fixar ainda um pensamento. Era tudo turvo e confuso. Ela nunca tinha se sentido assim antes, nem mesmo quando seus pais se separaram quando tinha 9 anos. Ela ainda se lembrava das noites, em que sua mãe se trancava no quarto e podia escutar os lamentos e choros do amor abalado e perdido. Ela não conseguia entender na época, nunca tinha passado pelas desilusões e alegrias de se amar. Dos atos sem pensar e das noites que se sentiria como a sua mãe, em outrora.
Ali agora, à 3 passos da beirada de um desfiladeiro, à 25Km do centro da cidade, onde morava; Judy dava mais um passo à frente. Conseguiu enfim fixar um pensamento. Se sentiu horrorisada por ter a capacidade de ter pensado nisso. Sempre foi de pensar muito antes de fazer qualquer coisa. Um erro, dizia o seu pai -- que era um homem moderadamente liberal e gostava de passar as noite em conjunto de amigos, bebendo e se divertindo, aproveitando a vida como ele mesmo diria.
E mais um passo à frente lhe leva para quase um caminho sem volta. Não estava mais pensando coisa com coisa. Relembrava de momentos importantes da sua vida. Cenas de seus pais, cenas isoladas, festas com as suas melhores amigas, situações difíceis que passou e não contou para ninguém. E mais um passo foi dado.
Neste momento, ela já sabia o que fazer. Já não tinha mais volta. Enfim percebeu o que estava fazendo. Estava desistindo. Não apenas dela, mas de tudo, todos. Dos amigos, das coisas, dos sentimentos, das lembranças, até mesmo das coisas que virão, pois o seu seguinte passo não à deixou pensar.
Pois durou apenas 4 segundos, até desaparecer dentro da escuridão e assim completar o seu ciclo. O seu ciclo de 24 anos de inexistência.
Judy, 24 anos de idade. Moradora de uma pacata cidade. Era portadora de uma doença chamada Amor.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chance

- Puxa vida! E eu achando que mudando com os dedos os ponteiros do relógio, eu poderia voltar naquele momento.
- E quem disse que você não pode?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

The breath

Dia de chuva. Dia nublado, neve, ar cinza sabor Europa. Trilhos de trem. Uma conversa.
- O senhor poderia me informar se mais alguém passa por estes trilhos desertos todos os dias?
Um olhar desconfiado, mas polido.
- Que eu saiba, não senhor. É um caminho solitário, sempre ando por aqui todas as manhãs e nunca vi ninguém por estas redondezas.
Alguns segundos em silêncio. E parecendo não se importar com o que o homem diz.
- Qual seu nome?
- Todos me chamam de Unsterblich. Fui para duas guerras mundiais e ainda estou aqui, por isso esse apelido.
- É que eu acho que estou perdido. É a minha primeira vez aqui na Alemanha depois dos acontecimentos da decada de quarenta. Muita coisa mudou desde lá - diz com olhos negros fixos.
- As bombas não caem mais do céu, a fúria nos olhos ainda existe, mas são poucos. Já que aqui ficavam concentrados os exercitos da Alemanha em 1942, poucos querem passar por estas bandas.O medo pôs mais descência em seus caráters. É uma sorte tremenda ainda estarmos vivos. Eu estar vivo.
- Entendo! - disse.
Retribuindo o olhar, diz.
- O senhor está indo para onde?. Por que todas essas perguntas? O que te atraz aqui. É alguém do novo governo? Do estrangeiro?.
- Algo assim - balbuciou. - Na realidade, as perguntas foram apenas para passar o tempo. Seu nome é que era a rasão de eu estar aqui.
Num breve momento, o brilho nos olhos desaparece, deixando um rastro de um branco opaco. E neste caminho, por entre os trilhos de antigos trens nazistas, a única coisa que sobrou foram as pegadas na neve de um sujeito de poucas palavras, misterioso. Uma tal de morte.