domingo, 14 de julho de 2013

Thinking, thinking, thinking...

Correndo ou pedalando, pelo menos para mim, é uma boa maneira de se parar pra pensar nas coisas.
Parece que a cada passada ou pedalada ideias, lembranças e pensamentos surgem, um atrás do outro.
E como são muitas pedaladas, se pensa muito. E isso tá sendo rotina praticamente.
Pensa-se nas coisas erradas que fez, nas coisas que poderia ter feito pra desviar a situação para outro caminho, nas coisas que deveria ter demonstrado mais valor, e assim, vai, pensando e pensando durante minutos, horas, quase um dia inteiro.
A gente se limita às vezes a pensar que o que foi feito não pode ser revertido, que certas coisas não possuem duas chances iguais. Não tem como saber se isso é certo ou não, pois cada minúscula coisa pode desencadear infinitas possibilidades.
Essa semana eu errei, errei feio. Tive o pote de ouro que sempre quis já faz anos, mas o tomei com tanta vontade e agressividade que acabei acabando com ele todo, não sobrando nada pra continuar matando minha sede.
Hoje olhando a fogueira no acampamento, pude analisar uma coisa:
Todos se espantam com a beleza das chamas de uma fogueira. Todas aquelas labaredas enormes se levantando no céu, em tons azuis e amarelos, um efeito que é deslumbrante a quase todos que consegue parar por um tempo pra apreciá-la.
Mas quase ninguém vê que as chamas consomem tudo muito rápido. Devora tudo que lhe serve de alimento, com grande esplendor, mas muito depressa. Toda fogueira precisa de suas chamas, é claro, mas em moderação. O fogo acaba rápido e o que sobra são apenas cinzas, sem mesmo ter criado brasas.
Essa sim é a essência de uma fogueira. A brasa que, depois das chamas se vão, é o que mantém o fogo vivo. Vermelha e incandescente, ela perdura por muito tempo, consegue manter uma temperatura controlada, assim queimando devagar tudo que lhe é posto como alimento, sendo muito mais útil do que meras chamas gigantescas.
Olhando para um céu com Lua Crescente e sem nuvens foi possível ver muitas estrelas e constelações dessa vez. Pude ver o Cruzeiro do Sul com muita nitidez e várias outras, como Escorpião, Libra, um satélite artificial e até uma estrela cadente.
É muito mais fácil ver em uma noite com Lua amena do que em Lua Cheia. Ela tira a atenção e todo o brilho das estrelas desaparece para que a sua luz ilumine tudo. Monopoliza seu tempo, sua beleza, tendo todo o céu para ela. Não deixa espaços para que outras coisas também possam brilhar, mostrar suas habilidades.
Depois de muito tempo, parece que essa viagem do fim de semana valeu bem a pena.

Pude ver muitas estrelas, apreciar as brasas, e por fim, parece que dei 2 voltas ao redor do mundo, pedalando.