quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sono #1

ele abria os olhos como se fossem garças que em câmera lenta alçam voo. Asas abertas ao máximo, lentamente se fechando até abri-las novamente e assim até alcançarem altura suficiente para que sua própria velocidade os impulsionassem. Era assim que ele se levantava quando o despertador tocava, sonolento e cansado como se um trem, trem bala, tivesse passado por cima de sua coluna, na região lombar mais precisamente, percorrendo suas clavículas sobressaltadas indo até os joelhos castigados pelos quilômetros percorridos nos últimos dias.

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