sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sono #2

ele abria a boca como se fosse um crocodilo no momento que avança para o ataque de sua próxima e inevitável vítima. Mandíbulas esticando-se até o limite de se sentir a pele começar a sofrer minúsculas dilacerações nas extremidades. Era assim que ele se levantava quando o despertador tocava, sonolento e cansado como se tivesse corrido uma maratona completa, em terras árticas sem a presença de alguma ajuda ou alma viva por centenas de quilômetros, sentindo o frio, o cansaço mental de a todo instante sentir a presença de algo o espreitando nas suas costas, mesmo não havendo nada quando olhava.

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